1.º -
Cortes nos vencimentos dos funcionários públicos que aufiram salários superiores
a 1500 euros em 2011 e 2012. Supressão dos subsídios de férias e de Natal em
2012.
-2.º Imposição em 2011 de uma sobretaxa do IRS aos
trabalhadores do setor privado correspondente a metade do subsídio de Natal.
3.º - Corte
dos 13º e 14º meses aos reformados em 2012.
4.º - Cortes
generalizados na saúde que atingiram as ajudas ao transporte de doentes, os medicamentos,
os orçamentos dos hospitais, o preço dos exames convencionados... Aumento
substancial do valor das taxas moderadoras.
5-º - A
conjugação de várias decisões, como a criação dos mega agrupamentos e o aumento
do número de alunos por turma, está a lançar no desemprego milhares de
professores. Estima-se que o total de docentes contratados sem trabalho atinja os 40 mil.
6.º - Na
área dos transportes, verificaram-se aumentos consideráveis nos preços dos
bilhetes e passes – 20% - em 2011 e 2012. Há ainda a acrescentar as mexidas
nos escalões do IVA com um sublinhado para a subida do IVA para a taxa máxima
no gás, na eletricidade e na restauração.
7-º -
Alterações à legislação laboral de que se destacam a redução do número de feriados,
a criação de bancos de horas e a redução em 50% do valor pago pelas horas
extraordinárias. Estas mudanças incluem medidas que tornam os despedimentos
mais fáceis e baixam o valor das indemnizações compensatórias.
8.º - Segundo
o Eurostat, a taxa de desemprego em Portugal atingiu os 15,7% em junho. No ano
passado e no mesmo mês, a taxa de desemprego era de 12,2%. Recorde-se
que foi em junho de 2012 que se realizaram as eleições legislativas antecipadas
que conduziram o PSD e o CDS ao poder, escassas semanas após a assinatura do
Memorando de Entendimento com a troika.
9.º -
Apesar de todas as medidas de austeridade já executadas, em curso e planeadas,
a meta do défice orçamental a 4,5% imposta para 2012 não será cumprida. Em contrapartida,
o Eurostat revela que a dívida pública alcançou os 111,7% do PIB nos primeiros
três meses deste ano quando, no primeiro trimestre de 2011, se fixou nos 94,5%
do PIB.
10.º - O
mar de descontentamento que varreu o país a 15 de setembro demonstrou como a
força popular impôs a Passos Coelho o recuo na Taxa Social Única (TSU) e fez
tremer a coligação PSD/CDS. Só a mobilização continuada do povo nas ruas poderá
abafar o mais que provável contra-ataque do Governo depois da derrota da TSU, forçar
a sua demissão e decretar o fim das políticas da troika. Este sábado,
vamos inundar o Terreiro do Paço para acertar o passo ao Passos.
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