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sábado, 6 de agosto de 2011

Resistir!! Y VIVA ESPAÑA!

Os “indignados” foram expulsos da Plaza del Sol à bastonada. E não se fizeram esperar, puseram-se a caminho do Minitério do Interior espanhol. Houve feridos e detidos mas contra as bastonadas e a repressão marchar, marchar!
A questão que se coloca é – quando é que e o povo português ganha coragem para se insurgir contra as medidas que têm vindo a ser impostas pela troika. É certo que o nosso povo lusitano tem fama de ser de brandos costumes, mas também a tem de serem bravos guerreiros desde os tempos de Viriato até à resistência às invasões napoleónicas. Fomos bravos soldados durante a Grande Guerra e fizemos uma revolução em Abril de 1974 que fez correr rios de tinta em toda a imprensa internacional pela forma cuidada como decorreu.
Onde está esse espírito de bravura?
A presença da troika em Portugal e suas medidas ainda só agora estão de facto a começar a fazer-se sentir na vida dos Portugueses e talvez por isso a ainda conformista reacção do povo. Talvez no dia em que a situação se agudizar o povo decida que é tempo de seguir o exemplo de nuestros hermanos que lutam afincadamente pela sua “democracia verdadeira, já!”, que se encontra tão debilitada quanto a nossa. Os acampados da Plaza del Sol empunham a bandeira da sua razão e agem sem receios dos comentários reaccionários de quem insiste em apelidá-los de “bando de arruaceiros”. Tal qual aconteceu quando um primeiro movimento semelhante eclodiu em Lisboa, com a Acampada de Lisboa. Apesar da diferença na dimensão comparativamente com o que acontece em Espanha, a repressão fez-se sentir com desusada força... pela polícia de intervenção...
Os governos, para desencanto geral, compactuam com a política do medo e da intimidação capitalistas dos grandes grupos e das agências de rating, deixando nas mãos de interesses escusos as decisões que afectam a vida do povo em vez deste poder ser real e efectivamente exercido por quem de direito, ou seja, governos eleitos que espelhem a vontade da maioria do povo de um país.
Inclusivamente, a nossa classe governativa reúne com os patrões dos grandes grupos económicos e financeiros bem como com a banca perguntando que tipo de decisão será aceite e bem-vista e é nessa base que são construídas as “iniciativas” de governo.
Os cidadãos gregos e, face às dificuldades de um resgate patrocinado pelas mesmas entidades, vêem em perigo a sua cultura milenar e lançam-se na luta com uma exemplar coragem com acções de protesto veementes, passando, por exemplo, pelas portagens sem pagar.
Neste tempo em que os portugueses têm que conviver com medidas de total injustiça social, como um ataque a direitos adquiridos na forma de 50% de corte no subsídio de Natal, o povo português ver-se-á talvez compelido a repensar a sua situação e agir perante um governo que só defende a classe dos que já são privilegiados na nossa sociedade.

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