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quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

Precariedade, falta de vergonha e a Igreja Católica

A precariedade é cada vez maior, isto não é novidade. Seja por contratos ao dia, à hora ou por recibos-verdes, há as maiores variedades de trabalhar sem ter qualquer espécie de garantia. Ontem recebi um anúncio de trabalho de uma organização chamada "Movimento ao Serviço da Vida (MSV)", onde diziam que era para uma campanha de angariação de fundos. Portanto e bem traduzido Angariação de fundos = andar a pedir dinheiro. Quem é o MSV? Indo à sua página e à secção "quem somos?" temos uma definição que diz que são "um movimento de católicos que querem viver a sua fé e o serviço à vida no dia-a-dia", além de "uma associação, que promove a dignidade da vida, em toda e qualquer circunstância e sem exceção alguma". Fiquei imediatamente com uma dúvida se é legítimo a um movimento que diz promover a dignidade da vida querer empregar pessoas a recibos-verdes? Outra dúvida que também me surgiu...se é legítimo um movimento religioso recrutar desempregados para defender as suas ideias. Nesta situação houve outra questão juntamente com os recibos verdes...é que este movimento, pretende pagar a quem vá defender as suas ideias e pedir dinheiro a escolas e empresas a quantia de 2€ à hora. Quem já trabalhou ou que perceba um mínimo de recibos-verdes sabe que este valor não cobre sequer o valor dos impostos. Onde fica a dignidade da vida defendida? Parece que o "sem exceção alguma" tem alguns buracos. Pois quem trabalha para eles pode receber em condições de trabalho escravo.


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